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Mercato Centrale – Firenze

4 fev

 

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september/setembro/septembre 2013 © JHACK

La chandeleur : o dia do crepe

7 fev

Todo dia é dia de comer crepes, mas durante a “festa candelarum”, ou festa da Candelária, celebrada no dia 2 de fevereiro (quarenta dias após o natal), a tradição ganha um sabor especial na França. Essa festa pagã, transformada em comemoração cristã em meados do século V, marca o dia da apresentação de Jesus no templo de Jerusalém. A origem da tradição do crepe nessa data é mais confusa, mas segundo um ditado popular caso o trigo não fosse usado na Chandeleur para fazer a iguaria, ele seria extraviado.

Vale dizer que na França o crepe vem da região da Bretanha e é reservado aos recheios doces. O salgado se chama galette e é feito com outra farinha, mas isso é uma outra história.

Quem quiser testar em casa uma receita tradicional de uma creperia de Vannes (cidade da Bretanha) divulgada no jornal Ouest France na semana passada aqui vai :

– 200 g de farinha

– 100 g de açúcar

– 500 ml de leite

– 4 ovos

Misturar tudo para obter uma massa bem fofinha e não muito grossa. Deixar descansar de preferência cerca de duas horas e se preciso adicionar um pouco mais de leite. O segredo é espalhar bem a massa numa frigideira quente e untada com manteiga. As receitas podem variar, baunilha, rhum/cachaça ou conhaque dão um sabor especial. Açúcar, limão, geléias e chocolate são os recheios mais comuns, mas o caramelo feito com manteiga com sal é um dos mais tradicionais na França e um dos mais saborosos!

No avestruz tudo é bom

13 abr

Se no Brasil o avestruz é apenas mais um dos animais expostos nos zoológicos ou que passeiam em frente ao Palácio da Alvorada, na Africa do Sul o animal faz parte da cultura gastronômica do país.

Várias fazendas especializadas cuidam da criação dos animais e protegem os ovos para controlar o desenvolvimento. Logo que nascem, os pequenos são postos à parte e não devem ser incomodados, pois o avestruz é um animal sensível e muitos morrem de crise cardíaca causada pelo stress. O animal cresce rápido e depois de alguns meses já atinge seu tamanho adulto. E se a expressão estômago de avestruz existe, não é atoa. Além da ração, os bichinhos comem tudo que encontram no solo, inclusive pedras. Parece que estas são mesmo necessárias e ajudam a digestão.

Cuidado! O avestruz não é muito inteligente, mas um chute pode ser mortal, até para um leão.

 

1 mês de vida

 

 

No avestruz nada se perde

Na cozinha o avestruz pode ser utilizado de várias maneiras :

Ovo : Equivalente a cerca de 22 ovos de galinha, o ovo do avestruz possui praticamente o mesmo gosto. A única diferença é que a clara não é tão clara e sim meio amarelada. O colesterol é bem presente e quem tem problemas deve se abster. Quando utilizados em omeletes, guarda-se a casca, que é por sinal bem rígida. A mesma é trabalhada por artesãos, ganha relevos ou pinturas e vira objeto de decoração.

é preciso quase uma hora para que o ovo seja cozido.

 

 

Cozido ele vai bem com torradinhas e um molho agridoce

 

 

Carne : Um pouco mais cara que a carne de vaca, a do avestruz também é muito consumida e apreciada. Ela é vermelha (quase violeta), magra e saborosa, mas não deve ser muito cozida (fica dura e seca).

Bon appétit!

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Fora da cozinha o avestruz também é utilizado:

Couro : O segundo mais resistente, só perde para o de crocodilo. Utilizado na confecção de bolsas, carteiras e outros acessórios. O preço é bem elevado, mas os vendedores garantem um objeto para a vida toda.

Plumas : Muito utilizadas antigamente para enfeitar chapéis, hoje elas já não estão tão nada moda e enfeitam os espanadores de pó.

 

 

O futuro da biodiversidade e dos oceanos passa pela nossa mesa

7 abr

Comer para sobreviver, mas também pelo prazer. Quando nos alimentamos procuramos alimentos que sejam mais ao nosso gosto e que achamos saborosos. No entanto, nossas escolhas “egoístas” influenciam a produção e a indústria  alimentar. A oferta e a demanda caminham juntas e enquanto existir a procura por um produto, existirá alguém para vendê-lo. E nesse ritmo acabamos por vezes por destruir parte da biodiversidade.

Hoje sabemos que o estoque de peixes e frutos do mar em nossos oceanos está em baixa. Devemos adaptar nossos hábitos alimentares a essa nova realidade, mas nem sempre é fácil. No Japão, onde o consumo do atum vermelho, peixe ameaçado de extinção, faz parte da tradição gastronômica, é difícil fazer com que a população mude suas práticas rapidamente. Ainda mais quando no dia-a-dia o peixe continua disponível no mercado e fica difícil de se constatar a verdadeira penúria nos oceanos.

Para aliviar a barra dos consumidores, vale dizer que muitas vezes nossas escolhas são feitas sem conhecimento e ao comprarmos tal ou tal produto, não sabemos que contribuímos com esse ciclo vicioso. Às vezes, o que falta é informação e não vontade.

SASSI, uma iniciativa Sul-Africana para informar o consumidor e ajudar a preservar a biodiversidade marinha.

A SASSI (Southern African Sustainable Seafood Initiative) foi criada pela WWF na Africa do Sul justamente com o intuito de levar mais informação ao consumidor, mas também de interferir ao longo de todo o processo ligado a compra e venda de peixes.

De um lado, vemos em lugares específicos, como o aquário da Cidado do Cabo, painéis informativos com os peixes que podemos consumir sem problema (box verde), quais devemos consumir com moderação (box laranja) e quais devemos evitar (box vermelho).

A SASSI também trabalha diretamente com os restaurantes. Os que aderem ao programa, se comprometem a serem vigilantes na hora de criarem seus pratos, e não devem propor os peixes que constam na lista vermelha.

Na próxima visita à Africa do Sul já sabem, não deixem de procurar pelo logo da SASSI na hora de escolher um dos inúmeros restaurantes de frutos do mar. Agora não tem mais desculpa!