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Memórias de um domingo gracioso

30 jun

Domingo de muito calor, mas refrescos e bom humor transformam o dia. No restaurante estrelado do chef Mariottat a comida é francesa, mas nesse dia especial o serviço é inspirado nos vizinhos espanhóis. Pratinhos e pequenas porções, como as tapas, são ideais quando se quer tudo experimentar.

churrasco à la française? As pedras quentes cozinham num instante a carne já cortada.

Na bela casa dos Mariottat. Agen, França.

Sem esquecer a feira com bons produtores organizada no patio e que o evento tinha o aval Slow Food!

*Fotos improvisadas com o celular

Nem só de sushis e sashimis vivem os (restaurantes) japoneses

25 fev

(c) restaurantfufu.fr

Quando se fala em restaurante japonês logo se pensa em sushi e sashimi, o que na verdade é muito restritivo. A culinária japonesa é uma das mais ricas, saborosas e saudáveis, capaz de fazer muito velhinho passar dos 100 anos de idade.

No ocidente ainda estamos a descobrir estas tais riquezas, mas depois da abertura do Fufu em Bordeaux, damos mais um passo nessa caminhada. Nesse restaurante minúsculo somos transportados direto para um outro ambiente, mais “quente” (não só por causa das woks no fogo!), cosmopolita, intimista, onde os clientes se apertam no longo balcão logo em frente aos cozinheiros. O vai e vem dos fregueses e da atendente que faz os pedidos em japonês para seus colegas, que repetem em voz alta para confirmar, dão vida ao local.

Nesse “bar a noodle”, são servidos pratos rápidos e caprichados, com preço acessível, entre 5 e 10 €. Como se pode imaginar, nada de sushis, mas deliciosos ramen, sopa com massa e vários outros ingredientes, dependendo do tipo escolhido. Pode ser gengibre, bambu, algas, carne, gergelim… Os do Fufu são mesmo uma delícia e a porção é mais que generosa.

(c) restaurantfufu.fr

O noodle bar, que faz parte da cultura gastronômica do Japão, ainda é novidade por aqui. Mas se depender da aceitação do público de Bordeaux,  que está sempre na fila do take away ou esperando um lugar se liberar dentro do restaurante, o conceito também tem tudo para se difundir. Vida longa ao Fufu!

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Fufu Japanese Noodle Bar

37, Rue Saint Rémi, Bordeaux, França.

Comer uma francesinha no Porto, quem não gosta

17 fev

Na cidade do Porto, só os vegetarianos ficam longe das francesinhas, um sanduíche mais que completo. Entre as duas fatias de pão de forma encontramos : salsichas, presunto, lingüiça e ainda um bife, tudo coberto com queijo e um molho picante que só os especialistas conseguem reproduzi-lo. Uma iguaria que não é servida em nenhuma outra cidade de Portugal.

E como as francesinhas chegaram ao Porto? Conta-se que no passado um chef português depois de uma visita à capital francesa voltou com a tal idéia na cabeça. Inspirado pelo croque-monsieur, a versão francesa e chique do bom e velho misto quente brasileiro, ele resolveu fazer a sua própria versão.

A receita parece um tanto exagerada, mas não há como não cair em tentação e se apaixonar pela francesinha. Salada para acompanhar? Pra quê! O bom mesmo é comer com batatas fritas e uma cerveja gelada, dica dos especialistas!

Francesinha. Café Avis

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Curioso para experimentar a francesinha? No Porto, os restaurantes e marisqueiras Cufra (Avenida da Boavista, 2504), Gambamar (Rua do Campo Alegre 110) e Galiza (Rua do Campo Alegre 55) estão entre os mais tradicionais.

Refeição completa : almoço na Sardenha

20 jan

Uma boa refeição não se resume aos alimentos servidos à mesa. Uma boa refeição envolve também as pessoas que participam, envolve o local, o “clima”, a história dos pratos e muito mais. Pois em Nuoro, na Sardenha, essa grande ilha mediterrânea italiana, posso dizer que tive o prazer de fazer uma boa refeição.

Nessa província montanhosa, terra de pastores, o porchetto assado no fogo de chão, como os tradicionais churrascos gaúchos, estava divino. O pão carasau crocante, que parece uma folha fina de papel (apenas na aparência!) servido na entrada com azeitonas, tomates frescos, ricota e salame caseiros, serviu para atiçar as papilas. O vinho certamente não era um grande cru, mas estava perfeito para a situação, pois era o vinho feito pelos produtores locais, sem rótulos, nem etiquetas. Para completar : mel (também local), café e grapa (pior que cachaça!).

Acompanhada de um grupo de holandeses, do cozinheiro/pastor e do pessoal da equipe de Sardegna Nascosta e sentada à sombra das árvores, apreciei tudo. Essa refeição tinha certamente um gosto especial.

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