Jatobá, baru, babaçu, buriti, todos esses frutos do cerrado não são muito conhecidos do grande público, não ao menos na hora das refeições. Porém alguns projetos trabalham para que eles sejam valorizados e não caiam no esquecimento.
Esse é o caso do Slow food cerrado, um convivum (grupo local) da organização internacional Slow Food. Em suas ações, receitas e encontros sempre são promovidos os produtos locais e os chefs sempre criativos propõem pratos originais como o surubim com castanha de baru ou ainda o beijinho nativo, feito com coco de licuri.
A sorveteria Frutos do cerrado, que se transformou em Frutos do Brasil, também propõe um linha de sorvetes e picolés com sabores como o pequi, buriti, cagaita, jatobá e mangaba.
O projeto Sabor do Cerrado, (apoiado pelo SF Cerrado) composto por 12 mulheres do Assentamento colonial I no município de Padre Bernardo (perto de Brasília), também faz várias guloseimas com essas frutinhas. Salgados, bolos e tortas fazem parte do menu servido em coquetéis privados.
As farinhas, frutos e outros produtos que não são vendidos em supermercados convencionais podem ser encontrados, por exemplo, na Central do Cerrado , outra iniciativa de valorização do bioma. Mais que um simples revendedor, a Central é uma iniciativa de 35 organizações comunitárias “que desenvolvem atividades produtivas a partir do uso sustentável da biodiversidade do Cerrado”. Os pedidos são feitos por telefone ou email e são transmitidos aos produtores.
Ideias não faltam para experimentar os sabores do cerrado. Pode parecer estranho, mas nada de dizer que não gostou antes de provar!